Nos elencos de ABC e América existe dois jogadores com situações diferentes das dos demais. Ambos são volantes e tem história no futebol potiguar, mas, que nos últimos tempos, andaram distantes do Rio Grande do Norte. E 2016 vem sendo apontado como um ano de renascimento para ambos. No Alvinegro, o atleta em questão é Márcio Passos. Ele foi anunciado como reforço durante a disputa da série B do ano passado, mas, por problemas com seu antigo clube do Irã, não conseguiu a liberação e não atuou em nenhuma partida pela equipe. No Alvirrubro, o volante é Júlio Terceiro, que retorna ao clube depois de seis temporadas longe da torcida americana. O jogador já tem 56 partidas com a camisa vermelha, em três temporadas que passou por aqui.
No seu rosto, a felicidade de retornar ao América mostra qUe ele vai tentar se superar, dentro de campo, para corresponder as expectativas da direção rubra, que apostou na sua volta para dar mais experiência ao meio de campo americano, ao lado de Cascata. “Não tenho nem palavras para explicar o que estou sentindo. Estou feliz e super motivado em voltar a vestir a camisa do América, um clube que amo e sempre gostei de jogar. Nada melhor do que voltar e tentar terminar bem a minha carreira, com um título pelo América”, afirmou Terceiro.
O alívio também pode ser notado no semblante de Márcio Passos. Depois de meses de indefinições sobre seu futuro, já que não conseguia a documentação do seu antigo clube, o jogador, finalmente foi regularizado e, mesmo com a eleição para presidente no ABC, teve seu contrato renovado pela nova direção. Agora, o jogador quer corresponder, dentro de campo, toda a confiança que lhe foi depositada.
Márcio Passos
“Depois de muito esforço, muita luta, pude, nesses quatro, cinco meses que fiquei apenas treinando aqui, mostrar que eles podiam confiar em mim e no meu trabalho. Agora, com esse voto de confiança que foi me dado, só tenho que corresponder dentro de campo, para fazer um grande ano no ABC e ajudar o time a conquistar seus objetivos”, disse.
Os dois chegam aos clubes em momentos distintos nas carreiras. Enquanto Passos quer voltar a jogar, depois de um 2015 difícil, Terceiro, mesmo ainda com 32 anos, já planeja sua despedida dos gramados, o que pode acontecer ainda este ano.” Só tenho 32 anos e a minha intenção é de parar em 2017, ano em que meu filho vai ter que passar por outra cirurgia e, por isso, que fazer uma boa temporada aqui no clube, encerrar bem a minha carreira para que possa pensar bem apenas na minha família”, revelou o volante do América, que, em 2015, teve que dividir o futebol com a doença do seu filho mais novo.
Em relação aos elencos que tanto o América, quanto o ABC estão montando, os dois tem opiniões diferentes. Enquanto que, para Márcio Passos, o momento é de conhecer melhor aqueles atletas que chegaram, incluindo aí, o técnico Narciso, para Terceiro, reencontrar amigos foi mais um motivo de alegria para voltar a defender a camisa do América.
“Conheço o Narciso só de ouvir falar, ele é um treinador da nova geração e também não conhece muita gente aqui. E com o tempo, assim como nós, jogadores, vamos todos nos conhecer melhor e isso vai acabar refletindo dentro de campo”, disse Passos. “O grupo é muito bom e tenho vários amigos aqui, como o Flávio (Boaventura), Cascata, Thiago (Potiguar), Luís Eduardo, Pantera, Gabriel e eles me deixaram muito à vontade nesse meu retorno ao América, só descontração. O grupo está bem legal, fui muito bem recebido e agora é tentar ajudar e honrar as cores do América”, prometeu Júlio.
Em relação a desconfiança por parte da torcida, Júlio Terceiro se mostrou tranquilo e afirmou que, é dentro de campo que ele pode responder as críticas que vem sofrendo. “As críticas eu tenho que responder dentro de campo. Eu vinha bem, jogando uma série B do Brasileiro. Não pude disputar todas as partidas, por causa de problemas particulares, mas estou vindo em uma sequência boa e tenho certeza de que vou ajudar, corresponder e tenho que entrar em campo para que a torcida possa me cobrar”, disse Terceiro.
Para Passos, o novo ano que começa tem que ser encarado como uma oportunidade de apagar o que aconteceu em 2015 e reconstruir o ABC dentro de campo. “Chega de contar histórias tristes. Se Deus quiser, vai ser um sucesso. Vamos buscar uma reconstrução aqui e buscar os títulos”, finalizou.
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