Rogério Ceni anda pelo CT da Barra Funda. Encontra-se com a imprensa. Faz uma brincadeira. Alguns metros depois, relembra um episódio engraçado.
A disposição para responder é total. A vontade de contar histórias está aguçada. Rogério está feliz, como poucas vezes se viu nos últimos anos. De tão caxias, o goleiro do São Paulo tem a felicidade vinculada aos resultados. Mas as defesas que lembram seus tempos de garoto, e o convívio com outros “veteranos”, tornaram aquele que seria o último ano de sua carreira um dos mais radiantes.
Prestes a completar 42 anos (no próximo 22 de janeiro), Rogério veste a carapuça do “tiozão”. Impressiona-se com a capacidade do fotógrafo em enquadrá-lo num ângulo quase inimaginável e pergunta a meninos como Auro, Boschilia e Ewandro sobre a moda atual, os tênis “de botinha” com calças de boca “skinny”, na linguagem de seus tempos.
Até a natureza que se formou em volta do CT da Barra Funda ao longo dos 25 anos de sua quase infinita passagem pelo São Paulo chamam atenção. Mas uma coisa não muda: o tesão por competir e vencer.
Ceni mantém acesa a chama da briga por cada bola, valoriza cada gota de suor, e acha que o grupo dificílimo na Libertadores do ano que vem, que já tem garantida a presença do atual campeão San Lorenzo, e poderá receber o arquirrival Corinthians ou o algoz Internacional, pode fazer seu clube do coração se mexer logo por contratações.
– É um grupo muito bom porque pode fazer o São Paulo despertar mais cedo. Há muitos anos temos deixado contratações para o meio de temporada, ou fim de janeiro. Das 11 Libertadores que participei, é o grupo mais difícil que pegamos.
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