Campinas, SP, 30 (AFI) – O Brinco de Ouro não é mais do Guarani. Na tarde desta segunda-feira uma reunião entre Ana Claudia Torres Vianna, juíza responsável pelo caso, membros da Prefeitura de Campinas e empresários, consolidou a venda do estádio à empresa gaúcha Maxion Empreendimentos Imobiliários por R$ 105 milhões. Darcio Vieira Marques, advogado da empresa, ainda garantiu que não pretende manter o estádio de pé e nem mesmo firmar uma espécie de parceria com o Bugre.
A empresa tem até 48 horas para fazer o pagamento dos R$ 105 milhões na compra do Estádio Brinco de Ouro. Assim que tomar posse do imóvel, que deve ser usado para empreendimento imobiliário, a Maxion poderá fazer o que quiser do estádio. Até que isso aconteça, contudo, empresa e Guarani devem travar novas batalhas jurídicas, já que o clube pretende embargar o leilão.
A Justiça do Trabalho aceitou a oferta da empresa de Porto Alegre, que se dispôs a pagar 30% do valor total à vista – algo em torno de R$ 31,5 milhões. O restante será pago em 12 parcelas de R$ 6,1 milhões Antes do leilão, a juíza Ana Claudia Torres Vianna havia, titular da 6ª Vara do Trabalho, declarou que não aceitaria menos que R$ 126 milhões, valor mínimo imposto para que o leilão ocorresse. Porém, a Maxion foi única empresa a fazer uma oferta.
O terreno do estádio – a área tem em torno de 80 mil metros quadrados, localizado na região nobre da cidade, no bairro Jardim Proença -, está em penhorado desde 2011 por dívidas que, na época, ultrapassavam os R$ 50 milhões com a Justiça do Trabalho. Hoje, estima-se que a dívida total gira em torno de R$ 200 milhões.
No último dia 18 de março, três empresas ofertaram muito a baixo do valor mínimo estipulado pela Justiça e, por isso, a juíza Ana Claudia Torres Vianna recusou. Na época, o Grupo Magnum, parceira do Guara no início do ano, ofereceu “apenas” R$ 55 milhões, enquanto um grupo de empresários de Jaboticabal ofertou menos ainda, R$ 45 milhões. A Lances Negócios Imobiliários foi a empresa que tinha feito a maior oferta, que girava em torno de R$ 60 milhões.
Agora, a empresa Maxion Empreendimentos Imobiliários deve utilizar o terreno do Brinco de Ouro para a construção de algo adequado as necessidades de Campinas. O grupo ainda conversará com a Prefeitura para uma definição, já que a decisão tomada pela juíza Ana Claudia Torres Vianna não tem validade imediata. A diretoria do Guarani disse que irá recorrer à Justiça para que o leilão seja anulado.
AFI
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