O ídolo holandês Johan Cruyff morreu nesta quinta-feira. Ele tinha 68 anos e lutava contra um câncer de pulmão. A doença havia sido diagnosticada em outubro de 2015.
“Em 24 de março de 2016, Johan Cruyff (68) morreu pacificamente em Barcelona, cercado de sua família após uma dura batalha contra um câncer. É com grande tristeza que pedimos que você respeite a privacidade da família durante este tempo de pesar”, registrou o comunicado oficial no site do ex-jogador.
Considerado um dos maiores jogadores da história do futebol europeu, Cruyff ficou famoso por ter apresentando um futebol revolucionário, pois unia habilidade, grande conhecimento tático e técnico. Comandou a seleção holandesa na Copa de 1974, sendo um dos protagonistas do time que ficou conhecido como “Carrossel Holandês”, que tinha uma estrutura tática inovadora e ficou com o vice-campeonato mundial.
Era uma seleção com fortíssimo senso coletivo; jogadores primavam pela técnica e não guardavam posições. Antes de se destacar na seleção da Holanda, Cruyff já fazia sucesso pelo Ajax. Como jogador, também vestiu a camisa do Barcelona, entre outros clubes. Foi o primeiro a conquistar por três vezes o prêmio Bola de Ouro, em 1971, 73 e 74.
Cruyff não defendeu a Holanda na Copa de 78. Inicialmente, a imprensa europeia atribuía a ausência de Cruyff no Mundial a uma recusa do meia em vincular sua imagem ao regime militar que vigorava na Argentina, sede do torneio de 1978. Cruyff declarou décadas depois que não estava com cabeça para disputar o Mundial em virtude de assalto em 1977, onde ele e sua esposa foram amordaçados e ameaçados de morte.
Depois de se aposentar, Cruyff se tornou técnico e fez um trabalho de sucesso pelo Barcelona, com o tetracampeonato espanhol entre 1990 e 1994. Ele também levou o clube da Catalunha ao título inédito da Liga dos Campeões, em 1992.
O holandês foi um fumante inveterado. O vício começou ainda como jogador. Cruyff não escondia o prazer pelo cigarro e não se importava com as consequências negativas que isso poderia acarretar na carreira. Ele, porém, abandonou o cigarro há 25 anos após ter sofrido problemas cardíacos. Na época, ele chegou a passar por uma cirurgia.
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