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17 de janeiro de 2015 Sandro Hiroshi deixa futebol e vira “fossa olímpica”

Apesar do físico pouco privilegiado, que não lhe permitia vantagem em contato físico, Sandro Hiroshi tinha velocidade e bom aproveitamento na área rival. Era um artilheiro.

Aos 35 anos, longe do futebol, continua sendo. É campeão brasileiro de fossa olímpica, uma das modalidades do tiro esportivo. Foi campeão da categoria C, com 114 pontos em 125 possíveis e, agora, participará da categoria A, a mais importante.

Ao telefone, diretamente do Maranhão, onde foi visitar os pais, Hiroshi faz questão de mostrar os pés no chão. Explica que o tiro ainda é um hobby e não um esporte, mesmo tendo sido vice-campeão brasileiro – também na categoria C – de prato americano, outra modalidade.

Antes de começar a falar, porém, faz um pedido emocionado. “Você não vai colocar de título coisa do tipo ex-gato agora pratica tiro. Isso já passou, não quero mais lembrar”, diz, referindo-se a 1999, quando foi suspenso por 180 dias por jogar com uma carteira de identidade adulterada.

A adesão ao tiro veio por convite de amigos. Hiroshi vive em Americana, onde existe um bem montado clube de tiro em homenagem a Athos Pizoni, antigo atirador brasileiro.

Antes de começar a atirar, o que nunca havia feito antes, Hiroshi participou de toda preparação exigida de um atleta: fez um curso de capacitação, passou por testes psicológicos, por exames psicotécnicos e mostrou estar em dia com as exigências do Exército Brasileiro.

“É um esporte muito exigente, não se pode colocar uma arma na mão de qualquer um”, diz Hiroshi.

Também é caro. A fossa olímpica exige uma espingarda calibre 12, de quatro quilos. Se construída no Brasil, custa em torno de R$ 2,5 mil. Se for importada, pode chegar a R$ 12 mil.

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