Civilizada.
Assim pode ser definida a reunião entre a diretoria do Flamengo e Guerrero. O acordo está praticamente definido. Sem estardalhaço, drama, briga na justiça. O atacante peruano está suspenso por um ano pela Fifa. No seu exame antidoping foi encontrado o principal metabólico da cocaína, Benzoilecgonina. Na contraprova também.
O atacante alega que tomou um ‘chá negro’ para a gripe, na véspera do jogo pelas Eliminatórias, contra a Argentina. Ele estava gripado. E este chá, receitado pelo nutricionista da Seleção Peruana, poderia conter extrato de folha de coca. Daí a contaminação. O atacante jura que não usou cocaína. Seus advogados garantem que a Fifa acabou aceitando a tese que o jogador não usou a droga. A entidade não confirma a afirmação.
Ele é a principal estrela peruana. O país segue em campanha. A pressão é enorme sobre a Conmebol. O presidente Alejandro Domínguez é cobrado, para interferir politicamente. E consiga não só influenciar o julgamento do processo na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Mas fazer o possível que seja antecipado. O medo é a demora. A previsão é que o recurso seja avaliado entre oito e nove meses. O que seria um desastre para a sua carreira.
Mesmo se favorável, o tiraria da Copa do Mundo e acabaria com o compromisso que tem o Flamengo.
Em relação ao clube carioca, foi acordado que o clube carioca vai suspender o pagamento do atacante enquanto ele estiver suspenso. Guerrero recebe R$ 800 mil mensais. O contrato com o Flamengo terminaria em agosto. O atacante já negociava a antecipação da renovação até 2019, passando a receber R$ 1 milhão por mês. Quando foi pego no antidoping.
Não há como o clube rescindir sumariamente o contrato do jogador. Porque ainda cabe recurso. A rescisão amigável poderia acontecer. Mas ela seria ruim para Guerrero. Mas estrategicamente seria ruim, sem a pressão da equipe de maior popularidade do Brasil para ajudar os peruanos a pressionar a Fifa, pela antecipação do recurso.
Há a convicção dos advogados de Guerrero que a suspensão será drasticamente reduzida. A tempo de que o atacante possa disputar o Mundial por seu país. E também a Libertadores pelo Flamengo. Ela já conta desde o dia 3 de novembro, data que o atacante foi suspenso provisoriamente. Se ela cair, por exemplo, para quatro meses, Guerrero voltaria a jogar em março. O que seria ótimo para a Seleção de Gareca e para a equipe carioca.
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