Durante a reunião, o ministro avisou ao Santos que, caso as partes não entrassem em acordo, Damião seria liberado para acertar com qualquer outra equipe sem precisar pagar os R$ 65 milhões de multa, imposta anteriormente em uma liminar pelo próprio TST. Se isso acontecesse, porém, o Peixe iria recorrer, e a “guerra de liminares” continuaria.
O Alvinegro vai pagar R$ 4,5 milhões em verbas vencidas (direito de imagem atrasados) em 40 parcelas. Em contrapartida, o clube autorizou Damião a assinar um contrato de 18 meses com o Betis. Depois disso, o vínculo com o Santos é automaticamente restabelecido. Caso contrário, o jogador pagará 15 milhões de euros.
O Peixe ficará com um percentual, que pode chegar a 50%, de uma possível venda do Damião enquanto ele estiver no Betis.
– O acordo foi bom para ambas as partes. Não tem vencido ou vencedor – explicou Maurício Corrêa da Veiga, advogado do Santos.
Leandro Damião, inclusive, já está na Espanha para assinar com o Betis. O jogador aguardava apenas a liberação da Justiça para ser anunciado. Ele foi flagrado chegando a Sevilha para acertar com o novo clube.
O Alvinegro ainda aguardava Leandro Damião para a pré-temporada e prometia multar o atacante, caso ele seguisse sem ir aos treinamentos no CT Rei Pelé.
O advogado do jogador, Ricardo Gehling, havia dito que seu cliente não se reapresentaria ao Santos, porque já tinha em mãos uma liminar concedida em dezembro de 2015 pelo TST que o liberava do contrato. O Peixe, porém, acreditava que a decisão do TRT obrigaria Damião a treinar normalmente.
A rescisão de Leandro Damião com o Peixe, inclusive, foi publicada no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em dezembro do ano passado.
O atacante foi contratado pelo clube da Vila Belmiro em janeiro de 2014, por 13 milhões de euros, com a ajuda do Doyen Sports. O fundo agora cobra o equivalente a R$ 81 milhões do Santos pelo investimento e promete acionar o Santos na Justiça.
ge