François Hollande, presidente da França, condecorará pessoalmente como Chevalier da Legião de Honra o ex-jogador brasileiro,Paulo Cézar Caju, 67 anos, amanhã, no Rio de Janeiro. Logo depois da Copa de 1974, foi a estrela maior do Olympique de Marseille.

Caju, o apelido, que tornou-se quase um sobrenome, surgiu quando retornou dos Estados Unidos em 1968 com os cabelos pintados de vermelho. A pintura de nos cabelos foi feita como forma de demonstrar seu apoio ao movimento dos panteras negras, com o qual o jogador identificava-se politicamente. Atuou por dez anos com a camisa verde-amarela, marcando 17 gols em 78 jogos.

Sua história no futebol foi marcante. O ponta-esquerda, aos 21 anos de idade, foi campeão do mundo pela Seleção, em 1970. No ano seguinte, após perda do título carioca para o Fluminenseem 1971, Caju foi responsabilizado pela derrota e teve que deixar o Botafogo, onde jogava. O motivo da discórdia foi uma jogada que fez em uma partida realizada quando seu clube estava com boa vantagem na tabela, a poucos jogos do fim: o meia fez embaixadas diante de seus marcadores, o que foi entendido como uma atitude de desprezo para com os demais adversários do Botafogo, que até então aceitavam a superioridade do time. A partir daí, as partidas tornaram-se bem mais difíceis, com o time alvinegro perdendo pontos importantes, até finalmente ser superado pelo Fluminense, que se sagraria campeão.

Em 1972, Paulo Cézar transferiu-se para o Flamengo, onde jogou até 1974. Na Copa do Mundo do mesmo ano, foi titular pela Seleção, na Alemanha. Após a competição, foi vendido para o Olympique de Marseille, maior time francês, onde atuou até 1977, marcando 17 gols em 31 jogos. Com o time francês, o brasileiro conquistou uma Copa da França, em 1975.

Fonte: diariodonordeste.verdesmares.com.br