Paulo Júnior foi diagnosticado com leucemia no início de março. Sentia dores por uma infecção na garganta, tontura, fraqueza, chegando a desmaiar no quarto da pousada em que estava morando em Salgueiro-PE, cidade que dá nome ao time pelo qual Paulo estava jogando. Foi encaminhado a uma UTI para se recuperar e poder iniciar o tratamento quimioterápico. Sua primeira internação foi no dia 6 de março.
“Foi um momento de muito medo, inseguranças, incertezas, sofrimento. Foi um choque para mim. Minha grande motivação nessa luta foi a minha família, em especial a minha filhinha que nasceu um mês após minha primeira internação. Eu só tive a oportunidade de conhecê-la na minha primeira alta, quando ela já tinha mais de um mês de vida”, disse o pai da pequena Paula Eduarda, de quatro meses, do Paulo Matheus, de seis anos, e Paulo Netto, de 13 anos.
Confiante na cura, o atacante revelado pelo Potiguar de Mossoró e que, no Rio Grande do Norte, defendeu também Baraúnas e América, se empolga ao falar da volta aos gramados. “Às vezes me pego rindo, imaginando a emoção de voltar a entrar em um campo de jogo e penso, principalmente, na emoção de marcar o primeiro gol”, revela.
O centroavante, que jogou também em Friburguense-RJ e Campinense-PB, fez carreira internacional. Vestiu a camisa do Saint-Dizier, da França, mas foi no futebol da Ásia que teve maior destaque. Defendeu Al-Oroba Club (Emirados Árabes), Dibba Fujairah (Emirados Árabes), Al-Dhaid (Emirados Árabes), Dibba Fujairah (Emirados Árabes), Incheon United (Coreia do Sul), Fujairah Club (Emirados Árabes), Al-Nahda (Oman) e Al-Hidd (Bahrain). “Eu estava em um ótimo momento na carreira, querendo abrir portas aqui no Brasil. Foi um grande baque pra mim”, conta.
Aos 31 anos, o jogador ainda precisará, durante os próximos três meses, visitar o hospital em que está internado em Recife-PE, para que os médicos avaliem a evolução de seu quadro e observem se seu organismo reage positivamente.